O amor é mágico. Ele é capaz de fazer o mais rabugento dos mal humorados sorriem. Ele é bom de sentir e de viver. Por isso, passamos a vida em busca dele. Vivemos os nossos dias esperando sermos arrebatados pelo amor, porque sabemos que no momento em que somos arrebatados, a felicidade é tão grande, que não sabemos nem ao certo o que fazer com ela.
Desde cedo saímos em busca do amor. Buscamos nos sentir como aqueles que amam perdidamente e que tem a capacidade de flutuar sem sair do chão. Nos arriscamos em nome do único sentimento que é capaz de nos fazer voar. E nessa busca descobrimos que o amor é uma grande loteria e que voar é muito mais difícil do que parece.
No amor que não é correspondido, aquele em que nos pegamos amando sozinhos encontramos a dor. Uma dor capaz de partir ao meio nosso coração. Os danos são tão grandes que nesse momento temos certeza que as duas partes jamais vão se grudar de novo. E até que tudo cicatrize e volte ao normal, podemos perder momentaneamente nossa capacidade de pensar. Imploramos para ser amados, tentamos nos transformar em algo que não somos, acabamos agindo de maneira totalmente insensata, até que o tempo mostra que o nome disso não é amor. Isso é teimosia ou perda tempo.
O amor só acontece quando somos amados exatamente do jeito que somos e amamos de volta, na mesma proporção. Sem cobranças ou expectativas irreais. Sem idealização. Amor é amor quando podemos amar vendo o outro sem os óculos cor de rosa ou filtros que deixam tudo mais bonito. Quando não precisamos transformar o outro em algo que queremos ou nos transformar naquilo que o outro quer. Apesar de não ser nada simples, é simples assim. E somente o tempo ou um amor de verdade é capaz de nos convencer disso.
Sofrer por amor acontece às vezes e nos faz questionar sobre como pode o amor, algo tão bom de sentir, ser tão injusto às vezes. Sobre como ele pode fazer tão bem e tão mal também. Nos faz perguntar de onde vem essa sua capacidade de deixar qualquer pessoa sensata agindo de maneira desvairada. É inquietante pensar sobre como algo que é tão bom de sentir pode doer tanto às vezes. Como pode algo ser capaz de fazer o coração bater mais rápido e fazer a gente transbordar de felicidade e rir sem motivo ser também capaz de nos fazer chorar e de querer viver trancada no escuro longe da luz e nos preencher somente com tristeza.
No amor, muitas vezes não há espaço para a lógica. As pessoas mais sensatas tem seu momento de insanidade no amor. E uma coisa é certa, no amor, nada é tão obvio quanto possa parecer. As pessoas podem ter vidas totalmente diferentes, opção sexual diferente, classe social diferente, personalidades diferentes, mas certamente todas já sofreram pelo menos uma vez por amor ou agiram feito locas por causa dele.
Nem sempre o amor é lógico. Nem sempre vamos amar aquilo que nos parece óbvio. A amor tem uma tremenda capacidade de nos surpreender. De nos fazer querer o oposto do que somos ou aquilo que sempre juramos que nunca íamos querer. Muitas vezes ele aparece quando estamos distraídos, quando não estamos procurando. Ele é surpreendente, imprevisível e delicioso. Mesmo quando não estamos querendo ele é muito bem-vindo.
O amor faz a vida doce e nos enche de certeza sobre a felicidade a longo prazo. Nos dá a certeza que jamais ficaremos sozinhos e de que teremos alguém ao nosso lado que vai gostar de nós com o melhor e o pior que há na gente. Quando encontramos o amor de verdade podemos seguir sendo nós mesmos e ainda assim sermos amados.
Nessa busca, onde nos arriscamos a acabar de coração de partido, corremos muitos riscos, porque parte da nossa felicidade está em encontrar o nosso grande amor e com ele as tão esperadas borboletas que fazem cócegas no estômago e nos fazem rir sem motivo. Porém, passados os efeitos das borboletas, descobrimos que o caminho a ser percorrido será longo e apesar de delicioso, não será nada fácil. Descobrimos que é preciso renúncia, entrega e dedicação. Descobrimos que é preciso ter muita coragem para viver um grande amor.
Parece complexo, mas não é. Simples assim é o amor. Bom de sentir e de viver. Que traz graça e sentido à vida. Que recompensa quem tem coragem de viver seu grande amor. Porque quando enfim conseguimos esse encontro, nos damos conta, que sem muita lógica ou racionalidade, bom mesmo é morrer de amor e continuar vivendo.
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