Amor à Vida

Quando chega a hora de arrancar o band-aid

Quem nunca teve medo de abrir a fatura do cartão de crédito, o envelope com o resultado do check-up ou a mensagem com o saldo da conta?

Quem nunca teve medo de acabar definitivamente uma história que já tinha acabado há tempos?

Quem nunca teve medo de se entregar, de dizer eu te amo, de dizer sim no altar?

Quem nunca teve medo de uma conversa com chefe depois de fazer algo errado ou da conversa com os pais depois de fazer uma grande burrada.

Quem nunca teve medo do escuro quando criança e ainda mais medo depois de crescer, mesmo quando há luz? Quem não tem medo da escuridão ou de se lançar no escuro?

Quem nunca teve medo de pular, mergulhar, sair ou entrar?

Quem nunca teve medo de crescer, deixar de ser criança ou de envelhecer?

Quem nunca teve medo de errar, de desistir ou de começar? Quem nunca teve medo de recomeçar?

Quem nunca teve medo do espelho? De subir na balança?

Quem nunca teve medo das suas primeiras e das últimas vezes? De mudar. Mudar parcialmente ou definitivamente. Mudar de emprego, de casa, de país. De ir embora ou de ficar onde está.

Quem nunca teve medo de ficar sozinho, andar sozinho, viajar sozinho, envelhecer sozinho? Quem nunca teve medo de envelhecer, de faltar ou de perder? Quem nunca teve medo de se esquecer ou de ser esquecido?

Quem nunca teve medo de viver um grande amor e de todas as histórias que vem com ele? Quem nunca teve medo de se arriscar, se entregar, de cair, de falhar ou de se machucar?

O medo é bom. Ele traz emoção e cuidado para a vida. Nos faz sentir vivos porque faz o coração bater mais rápido. Nos protege e nos desafia.

Eventualmente vamos nos machucar. Alguns confrontos com a verdade, jamais poderemos evitar. Mesmo assim, o medo não pode nos paralisar.

O joelho ralado e o coração trincado, são dois machucados difíceis de evitar. E ainda bem que são. Porque eles nos mostram que a gente vive, se arrisca, tenta, brinca, se entrega, aproveita e ama. Com todo o nosso coração.

Algumas vezes será melhor arrancar o band-aid enquanto em outras, o band-aid e o tempo serão os únicos capazes de fazer sarar.

Coração

 

Sabrina Almeida

Sou mãe, filha, esposa, mulher, amiga, confidente, conselheira. Sonhadora, determinada e realizadora. Organizada, mas com um que de caótica. Apaixonada pela vida e pelas pessoas. Intensa!

Publicitaria, trabalho desenvolvendo produtos e marcas para deixar as pessoas mais bonitas e felizes.

Escrevo porque amo escrever. Minha cabeça está sempre repleta de sonhos e devaneios. Sigo sempre meu coração. Hoje penso mais antes de tomar uma decisão. Encontrei a FELICIDADE, assim todinha maiuscula, nas coisas simples da vida. E escrever é uma delas.

Enquanto as pessoas vão para a academia, fazem trilhas, tocam instrumentos musicais, cozinham… Eu escrevo! Esse é o meu hobbie… Escrevo para traduzir o que está no meu coração, sem regras, métodos ou filtros. Escrevo porque me inspira e me faz feliz.

Acredito que é simples ser feliz e que para isso é preciso uma boa dose de coragem, de sorte e de sonhos e devaneios.

Quando eu decidi escrever, uma pessoa me perguntou: “quem te garante que as pessoas vão se interessar pelo que você escreve?” E a minha resposta é como vou concluir minha apresentação.

Vou escrever para tentar ajudar as pessoas a ver diferentes perspectivas, rir no meio de um dia difícil ou enxergar poesia no dia a dia. E se eu conseguir tocar o coração de pelo menos uma única pessoa, já terá valido à pena.

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3 comentários

  1. Obrigado pelo artigo gostei bastante.
    Muito interessante mesmo! Continue com o bom trabalho!

    1. Eu que agradeço! Abraços

    2. Muito obrigada! Abraços

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