Amor à Vida

Ainda bem que aprendemos a caminhar de mãos dadas.

Desde que nascemos, aprendemos. No segundo em que nascemos, o primeiro, como seres independentes de outro ser para viver, aprendemos a respirar. Não temos lembrança, mas essa deve ser uma lição bem difícil de aprender.

O início da vida é intenso em termos de aprendizados. Aprendemos coisas diariamente. Não só aprendemos como seguimos aprimorando nossos aprendizados.

Aprendemos a nos comunicar, mesmo sem falar uma única palavra. A sorrir e a chorar. Aprendemos a gostar de carinho. Conhecemos a dor. Aprendemos a nos locomover e a buscar o que queremos, independente das nossas limitações físicas. Aprendemos a amar e a retribuir o amor. Aprendemos que um bom colo é capaz de curar quase todas as dores. Aprendemos desde muito cedo, o significado do não. Aprendemos a competir, a desafiar. Aprendemos a comer, a brincar com brinquedos cada vez mais inteligentes.

Já maiores aprendemos a buscar afinidades e passamos a escolher nossos amigos. Aprendemos a escrever, a ler, a desenhar, a representar. Aprendemos diferentes formas de amar. Aprendemos o que é certo e o que é errado. Aprendemos que a conta sempre vem e que tudo na vida tem consequência.

Aprendemos a nos amar sem separar defeitos de qualidades. Aprendemos a nos amar exatamente como somos. Aprendemos a buscar sermos melhores sempre. Aprendemos que é mais importante estarmos bem com nós mesmos do que com o outro. Aprendemos que as roupas mais bonitas são as que ficam boas em nós e os sapatos mais incríveis são aqueles que nos servem. Os filhos mais lindos do mundo são os nossos e os lugares mais incríveis são aqueles em que conseguimos chegar.

Aprendemos a buscar novas paixões.

Aprendemos uma profissão e passamos anos nos aprimorando nela. Aprendemos a seguir o coração e mudar o que ptecisa ser mudado. Aprendemos novas profissões. Aprendemos que ninguém é perfeito, mas não aprendemos a parar de buscar a perfeição. Aprendemos com os nossos erros. Aprendemos que crescer pode doer muito. Aprendemos que o mundo é muito maior do que imaginamos. Aprendemos a ter fé.

Aprendemos a acreditar em milagres. Aprendemos a fazer promessas. Aprendemos que a vida às vezes é mágica e que os astros conspiram ao nosso favor.

Aprendemos a construir relações de amor. Aprendemos a ser mãe, uma das tarefas mais difíceis. Aprendemos, com muita dor a renunciarmos a nós mesmos. Aprendemos a amar incondicionalmente. Aprendemos a lutar, mesmo sem armas, não importa o tipo da batalha, quando a causa vale à pena. Aprendemos a dar o melhor de nós para os nossos filhos e aprendemos que nossos filhos vão seguir seus próprios caminhos. Aprendemos a sentir orgulho da independência dos nossos filhos, mesmo sentindo o coração apertado de tanta tristeza pela separação dos nossos caminhos. Aprendemos a criar os filhos para o mundo e aceitar o momento em que eles decidem seguir por um outro caminho. E aprendemos que mesmo seguindo diferentes caminhos, ainda assim podemos seguir de mãos dadas.

Chega um determinado momento que aprendemos a não nos importar com coisas pequenas, que antes eram grandes. Aprendemos que não existe problema sem solução. Aprendemos que às vezes a gente perde, outras a gente ganha. Aprendemos a lidar com as frustrações. Aprendemos a lidar com a perdas. Aprendemos que a saudade só aumenta. Aprendemos que as pessoas que amamos são insubstituíveis. Aprendemos a levantar depois de cair. Aprendemos a enxugar as lágrimas. Aprendemos a perdoar.

Aprendemos o valor da vida, quanto mais relações de amor construímos. Quando temos uma vida plena, em que somos cercados por pessoas que amamos, aprendemos a viver com graça. Aprendemos o que é felicidade. E também aprendemos o medo de perder.

Aprendemos muitas e muitas vezes a começar de novo. Aprendemos a terminar. Aprendemos a começar. Aprendemos que mudanças são necessárias, mas também aprendemos que devemos começar devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.

Somos aquilo que aprendemos durante a vida. A vida que aprendemos a valorizar e fazer valer a pena. Lá na frente, lá no final do caminho, porque aprendemos que tudo tem um fim, o mais importante é passar para aqueles que amamos tudo aquilo que aprendemos. Deixar um legado. Porque no final, mais importante do que aprender é ensinar. E só seremos capazes de ensinar se nos dedicarmos de verdade à diária arte de aprender a amar.

E nessa difícil e deliciosa arte de aprender a amar, aprendemos que nosso coração se esvazia do medo para se encher de amor, de uma hora para outra. Aprendemos a descobrir e explorar mundos novos diariamente. Aprendemos a ficar muito mais atentos ao que acontece em volta. Aprendemos a importância de compartilhar caminhos e de mostrar a direção. Aprendemos que aproveitar o caminho é mais importante que o objetivo em si. E nessa aventura de aprender diariamente a amar, nos juntamos ao longo da vida à pessoas que se tornam essenciais na nossa vida e assim, aprendemos que o caminho é muito mais aproveitado, quando caminhamos juntos.

Coração

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Sabrina Almeida

Sou mãe, filha, esposa, mulher, amiga, confidente, conselheira. Sonhadora, determinada e realizadora. Organizada, mas com um que de caótica. Apaixonada pela vida e pelas pessoas. Intensa!

Publicitaria, trabalho desenvolvendo produtos e marcas para deixar as pessoas mais bonitas e felizes.

Escrevo porque amo escrever. Minha cabeça está sempre repleta de sonhos e devaneios. Sigo sempre meu coração. Hoje penso mais antes de tomar uma decisão. Encontrei a FELICIDADE, assim todinha maiuscula, nas coisas simples da vida. E escrever é uma delas.

Enquanto as pessoas vão para a academia, fazem trilhas, tocam instrumentos musicais, cozinham… Eu escrevo! Esse é o meu hobbie… Escrevo para traduzir o que está no meu coração, sem regras, métodos ou filtros. Escrevo porque me inspira e me faz feliz.

Acredito que é simples ser feliz e que para isso é preciso uma boa dose de coragem, de sorte e de sonhos e devaneios.

Quando eu decidi escrever, uma pessoa me perguntou: “quem te garante que as pessoas vão se interessar pelo que você escreve?” E a minha resposta é como vou concluir minha apresentação.

Vou escrever para tentar ajudar as pessoas a ver diferentes perspectivas, rir no meio de um dia difícil ou enxergar poesia no dia a dia. E se eu conseguir tocar o coração de pelo menos uma única pessoa, já terá valido à pena.

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2 comentários

  1. Denise Maria Cordeiro diz:

    A vida como ela é: vivendo e aprendendo. E o mais importante aprender a observar para poder transformar. Parabéns, Sabrina.

    1. Obrigada De!! Vamos fazer valer a pena!! É para isso que estamos aqui! Beijo

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